quarta-feira, 25 de setembro de 2013

1937 Rolls-Royce Phantom III Four-Door Cabriolet chassis 3BT185

Friedrich 'Fritz' Mandl: Este era um Austríaco filho de judeus que esteve ao lado do 3o. Reich enquanto este julgou conveniente. Casado com a atriz Hedy Lamarr durante este período, Mandl gozaria de um privilégios incomuns aos judeus durante o domínio Nazista, pois era dono de uma fábrica bélica a qual servia bem aos propósitos do Füller. Após a fuga de sua esposa, a qual estava insatisfeita por sofrer de cárcere privado e ser apenas um troféu que ele gostava de exibir para a sociedade, Mandl também sofrera outro golpe: Os Nazistas tomariam sua fábrica e se sentiu ameçado. Seu novo automóvel era um Rolls Royce Phantom III de 1937, o qual fora mandado ao Brasil, antecipando sua fuga posterior. O automóvel chegou ao país em 1938, pouco antes do próprio Mandl. Por aqui o belíssimo RR desaparecia, sendo encontrado na Argentina boas décadas depois. Mandl, como sabemos, foi expulso do Brasil por conta das então alianças de Getúlio Vargas com o Hitler, que durariam até 1941. Tentou refúgio no Uruguai naquele mesmo período, mas também fora expulso. Retornaria ao Brasil, após nosso país se aliar aos Aliados e declarar guerra com o Eixo. Em 1947, Mandl seguiria para Argentina onde ficaria ao lado do ex-presidente Perón. Enquanto isto o Rolls Royce ficaria por nossas terras sul-americanas até 1974, quando foi encontrado na Argentina e vendido ao exterior, onde permanece até os dias atuais. Fora leiloado pela Gooding há pouco tempo, atingindo a casa de 253 mil dólares. Peça rara e bonita, que também rodou por nossas ruas, mesmo que por apenas alguns anos. Se fosse um capricho maior do destino, um dono brasileiro o faria permanecer por mais algum tempo ou, quem sabe, até que um tal de Eduardo Matarazzo ou Roberto Lee o encontrasse e o levasse para um lugar onde outros como ele estiveram por muitos anos ou, até mesmo, aos dias de hoje. 

Sua história também é conferida por aqui: http://www.conceptcarz.com/vehicle/chassisNum.aspx?
carid=10155&idNumID=845






8 comentários:

  1. Outro carro muito bonito, ms este aí já é cidadão do mundo... João, me diga, todos os RR têm fotos antigas na fábrica?

    Abraço,

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    1. Acredito que sim. Não digo todos, mas da metade deles eu consigo encontrar fotos do modelo recém saído da produção.

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  2. Nunca soube de "aliança" por parte do Pres. Vargas e Adolph Hitler (O "Führer"). Até onde nos consta, Vargas não desejava entrar na guerra, mas quando a Alemanha bombardeou nossos navios mercantes em plena costa brasileira, o clamor popular colocou o país em guerra.

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    1. A Alemanha era o parceiro comercial número um do Brasil até o final da década de 1930. que só se exauriu antes da guerra por acordos feitos por Oswaldo Aranha. Muitas teorias da conspiração dizem que houve tal aliança entre Getúlio e Hitler, impugnada por fatores extrínsecos à vontade do então presidente.(seu desígnio era elevar seu status à ditadura no Brasil) Sou adepto a ela há anos, especialmente pelo "pós-guerra" (Klaus Barbie, Josef Mengele e outros nazistas pelo Brasil e América do Sul). Muitos também dizem que os episódios dos navios não passou de uma armação americana, da mesma safra do Zé Carioca: Dizem que fomos ludibriados pelos EUA que afundaram nossos navios, fazendo com que pensássemos que fossem U-Boats alemães. Pura balela: Se foram ou não os EUA, o governo brasileira não era inocente e sempre soube o real envolvido. Enfim, nós temos como exemplos no meio os Horchs, Mercedes-Benz série K e tantos outros "presentes" alemães a importantes figuras políticas no Brasil. Isto não é à toa.

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    2. Teorias são sempre necessárias na construção do discurso o qual chamamos História, mas há diferenças fundamentais entre fatos e suposições. É fato que o Estado Novo impediu a desintegração do Estado nacional, seja sufocando tendências separatistas, seja evitando o forte perigo comunista.

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    3. Os acontecimentos com a Olga também corroboram para minha teoria: Está na cara que ela foi entregue pelo governo brasileiro aos nazistas. Enfim, são vários fatores que criam em nossas cabeças alguma teoria da conspiração. Os céticos não crêem, mas os malucos adoram infringir a linha de pensamento que nossos mestres ministraram nas aulas (risos).

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    4. O livro-biografia sobre Olga, deixa mais confuso ainda a história do Brasil nessa época, todo mundo queria ela, alemanha, UK, USA, foi interrogada por ambos os lados, dando a entender que o Brasil tinha relações com ambos, enfim eramos como agora, sempre no muro.

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